Pensa por momentos na tua
própria sujeição política. Estás continuamente a ser sujeito a regras de que
não és o autor — designadas por "leis" — que te governam não apenas a
ti mas aos outros, que impõe, por exemplo, a velocidade a que deves andar na
auto-estrada, o comportamento que deves ter em público, que tipo de acções para
com os outros são permissíveis, que objectos contam como "teus" ou
"deles", e assim sucessivamente.
Estas regras são impostas por
determinadas pessoas que seguem as directivas daqueles que as criaram definindo
também punições para o caso de não serem cumpridas. Sabes ainda que se não
obedeceres a estas regras, é bastante provável que sofras consequências
indesejáveis, que podem ir de pequenas multas à prisão e até (em certas
sociedades) à morte.
A sensação que tens quando és
governado é a de que não és subjugado nem coagido. Se não aprovamos que um
homem aponte uma arma à tua cabeça e que exige que lhe dês o teu dinheiro,
então por que havemos de aprovar que qualquer grupo ameace recorrer a multas,
ou à prisão, ou à pena de morte para que te comportes de uma certa forma, ou
para que lhe dês o teu dinheiro (a que chamam "impostos") ou para que
lutes em guerras que eles provocaram? Será esta sujeição realmente permissível
de um ponto de vista moral, especialmente porque os seres humanos precisam de
liberdade para se aperfeiçoarem?
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