quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ação, intenção e deliberação


Balthus

Um erro comum que existe na teoria da ação é supor que todas as ações intencionais são o resultado de alguma espécie de deliberação, que são o produto de uma cadeia de raciocínio prático. Mas, obviamente, muitas coisas que fazemos não são assim. Simplesmente fazemos alguma coisa sem qualquer reflexão prévia.
Por exemplo, numa conversa normal, não se reflecte sobre o que se vai dizer a seguir – simplesmente se diz. Em tais casos, há decerto uma intenção, mas nã uma intenção formada antes da realização da ação. É o que eu chamo uma intenção na ação. Noutros casos, porém, formamos intenções anteriores. Refletimos sobre o que queremos e sobre qual a melhor maneira de o levar a cabo.

                                                    J.Searle, Mente, Cérebro e Ciência


A AÇÃO COMO ACONTECIMENTO


acontecimento é algo que ocorre situado no  espaço e no tempo. Uma trovoada é um acontecimento.

As ações são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são ações.

Para que uma acontecimento seja uma ação, é preciso que envolva um agente.  

Mas nem todos os acontecimentos que envolvem agentes são açõesAlguém que cai não realiza uma ação.

As ações são acontecimentos que consistem em algo que o sujeito faz.  

Mas nem tudo o que um sujeito faz é uma ação. Alguém que respira não realiza uma ação.

As ações consistem em algo que sujeito faz intencionalmente (o que supõe que seja um ato consciente e voluntário).


DELIBERAÇÃO E DECISÃO



Deliberação   

                            Identificação das ações alternativas

                Avaliação das ações alternativas

Decisão

                   Resulta da ponderação de razões – incide na  alternativa com razões mais fortes


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