sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ética com Razões



Título: Ética com Razões
Autor: Pedro Galvão
Editora: Fundação Francisco Manuel dos Santos

Neste interessante livro de Pedro Galvão (autor dos nossos manuais de 10º e 11º anos) são discutidos, de forma muito clara, problemas como o aborto, a eutanásia e os direitos dos animais.

"A MINHA ESCOLA É UM MUSEU"


Velásquez, Las meninas

Reproduções de duas dezenas de obras da coleção permanente do Museu do Prado, em Madrid, Espanha, integram uma exposição patente na nossa escola - Escola Secundária D. João II -  de 26 de fevereiro a 5 de março.


Orientações 4º Teste




Preparação 4º teste 11º ano

Matriz, Links úteis

Orientações 4º teste




Preparação 4º teste 10º ano

Matriz, Links úteis

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O problema do mundo exterior


Matisse
É uma questão de facto se as percepções dos sentidos são produzidas por objetos externos, a elas semelhantes: como irá decidir-se tal questão?

O inato e o a priori



É importante notar que o tópico do inatismo é distinto da questão do a priori. O inatismo não diz respeito à justificação; é apenas uma noção temporal que tem que ver com a questão de perceber se certos conceitos, crenças ou capacidades são possuídos à nascença. A categoria do a priori, no entanto, destaca as verdades em que temos justificação para acreditar sem atendermos à nossa experiência.

A ideia de conexão necessária


Magritte
Quando olhamos para os objetos exteriores à nossa volta e consideramos a operação das causas, nunca somos capazes de identificar, num caso singular, qualquer poder ou conexão necessária, qualquer qualidade que ligue o efeito à causa e torne o primeiro uma consequência infalível da segunda.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Crime e castigo



Por um lado temos uma velha estúpida sem préstimo, uma nulidade, maldosa e doente, inútil para toda a gente, ou antes, que prejudica toda a gente, que nem sabe, ela própria por que vive (…) Por outro lado, temos forças jovens, frescas, que se perdem inutilmente por falta de apoio, há milhares de jovens desses por todo o lado! Já viste que se podiam fazer cem, mil boas iniciativas com o dinheiro da velha (…).

O problema da previsão das consequências





Os defensores da utilidade também são frequentemente chamados a responder a objeções como esta – que antes da ação, não há tempo para calcular e pesar os efeitos de qualquer linha de conduta na felicidade geral. Isto é exactamente como se alguém dissesse que é impossível guiar a nossa conduta pelo cristianismo, já que sempre que tenho de fazer alguma coisa, não há tempo para ler todo o Antigo e o Novo Testamento. A resposta à objeção é que tem havido muito tempo, nomeadamente todo o passado da espécie humana.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Críticas ao Utilitarismo








               Texto: Objeções ao utilitarismo de Mill



 Dificuldades de cálculo

Apesar dos princípios utilitaristas parecerem apelativos, há muitas dificuldades que se levantam quando tentamos coloca-los em prática.
É extremamente difícil medir a felicidade de pessoas diferentes. Quem decidirá se o enorme prazer do sádico ultrapassa ou não o sofrimento da sua vítima? Ou como se compara o prazer que um entusiasta de futebol tem quando a sua equipa marca um golo brilhante com as deleitosas vibrações de um devoto da ópera que ouve uma ária favorita? E como se comparam estes tipos de prazer com sensações de caráter mais físico, tais como as que se obtêm com o sexo e a alimentação?

Casos problemáticos

Outra objeção ao utilitarismo defende que este pode justificar muitas ações que habitualmente são consideradas imorais. Por exemplo, se pudesse mostrar-se que enforcar publicamente um inocente teria o efeito benéfico direto de reduzir os crimes violentos, por atuar como um fator de dissuasão, causando assim, no cômputo geral, mais prazer que dor, então o utilitarista seria obrigado a dizer que enforcar o inocente era a coisa moralmente correta a fazer (...).

                                   Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia

                Questões:
                1. Quais as objeções ao utilitarismo que o texto refere?
             

                A objeção da máquina de experiências


Esta objeção foi formulada pelo filósofo Robert Nozick. Imagina que tens à tua disposição um computador capaz de te fornecer todas as experiências que mais desejas. Passarás a ser uma pessoa absolutamente feliz e não alguém que ora sente alegria e entusiasmo pela vida, ora tristeza e tédio. A tua felicidade não terá interrupções. Mas tens de escolher entre ligar-te à máquina de experiências ou prosseguir a vida que já tens. Lembra-te que, se o fizeres, poderás viver a ilusão de seres, por exemplo, um ídolo pop, um revolucionário que transforma o mundo num lugar perfeito ou até um jogador de futebol milionário, informado e com gosto. Qual é a tua escolha?
Se o utilitarismo de Mill for verdadeiro, a escolha certa é estabelecer a ligação à máquina. Mas muito provavelmente não vais ser capaz de esquecer o valor que tem o facto de viveres uma vida real e dar o salto para a doce ilusão. Parece claro que fazer certas coisas tem valor para além do sentimento de felicidade que produz em ti. Não queres perder a autonomia e a realidade de fazer as coisas. Isto é eticamente crucial e está acima da felicidade.
                                       Faustino Vaz, A máquina de experiências in crítica
               
                Questões:
                1. O que mostra a objeção da máquina de experiências?

                



1. 
Exigências excessivas

  • Toda a ética se resume à beneficência – devemos fazer tudo para promover a felicidade geral.
  • Viveríamos quase em função do interesse dos outros.
  • É aceitável dedicarmo-nos a atividades e projetos que não contribuem para o bem-estar geral (ir ao cinema, tirar um curso…).

Dificuldades de cálculo
  • É muito difícil medir a felicidade de pessoas diferentes.
  • Como se comparam prazeres como assistir a um jogo de futebol ou assistir a uma ópera num conjunto de pessoas diferentes?
Consequências moralmente indesejáveis
  • Mesmo agindo de modo a produzir mais prazer que dor geral, há atos que são sempre moralmente indesejáveis e nunca podem ser considerados moralmente corretos (matar um inocente).









quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Questões de facto e relação de causalidade




Todos os raciocínios relativos aos factos parecem fundar-se na relação de causa e efeito. Só mediante esta relação podemos ir além do testemunho da nossa memória e dos nossos sentidos. Se perguntássemos a um homem porque acredita ele em alguma questão de facto  que está ausente, por exemplo, que o seu amigo está no campo ou na França, fornecer-nos-ia uma razão e esta razão seria algum outro facto, como uma carta dele recebida ou o conhecimento das suas antigas resoluções e promessas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Relações de ideias e questões de facto


Klee
RELAÇÕES DE IDEIAS E QUESTÕES DE FACTO - ESQUEMA/ SÍNTESE -AQUI

Todos os objectos da razão ou investigação humanas podem naturalmente dividir-se em duas classes, a saber, Relações de Ideias e Questões de Facto.

Conteúdos da mente: impressões e ideias


Matisse

ESQUEMA/ SÍNTESE - CONTEÚDOS DA MENTE - AQUI

Podemos aqui, portanto, dividir todas as perceções da mente em duas classes ou espécies, que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. As que são menos fortes e vividas são geralmente chamadas pensamentos ou ideias.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Princípios secundários


Klee




       

              Texto: Princípios Secundários



Os defensores da utilidade são frequentemente chamados a responder a objeções como esta – que antes da ação, não há tempo para calcular e pesar os efeitos de qualquer linha de conduta na felicidade geral. Isto é exatamente como se alguém dissesse que é impossível guiar a nossa conduta pelo cristianismo, já que, sempre que tenha de se fazer alguma coisa, não há tempo para ler todo o antigo testamento.
A resposta a esta objeção é que tem havido muito tempo, nomeadamente todo o passado da espécie humana. Ao longo de todo este tempo, a humanidade tem vindo a descobrir tendências das ações através da experiência, dependendo dessa experiência toda a prudência, bem como toda a moralidade da vida. As pessoas falam como se o começo deste curso de experiência tivesse sido posto de parte até aqui, e como se, no momento em que um homem se sente tentado a intrometer-se na propriedade ou na vida de outro, tivesse de começar a considerar pela primeira vez se o assassínio ou o roubo são prejudiciais para a felicidade humana. (…) É estranho pensar que um primeiro princípio é inconsistente com a aplicação de princípios secundários. Informar um viajante sobre o lugar do seu destino último não é proibir o uso de pontos de referência e de sinais pelo caminho. A proposição de que a felicidade é o fim e o objetivo da moralidade não significa que não se possa construir qualquer estrada para atingir esse objetivo, ou que as pessoas que seguem para lá não devam ser aconselhadas a seguir uma direção em vez de outra. (…) seja qual for o princípio que adotemos como princípio fundamental da moralidade, precisamos de princípios subordinados através dos quais possamos aplicá-los; a impossibilidade de passarmos sem eles, sendo comum a todos os sistemas, não pode proporcionar qualquer argumento contra um em particular (…)
                                                                       Stuart Mill, Utilitarismo

                 Questões:
                  1.  A que objeção ao utilitarismo se refere o texto?
                  2.  O que são princípios secundários?





                  Teremos de pensar sempre no princípio da maior felicidade antes de agirmos?
                  
                   Seria insensato e pouco prático:
                        -  Temos tendência para dar mais importância à nossa própria felicidade.
                        -  É muito difícil prever todas as consequências dos nossos atos.
                  Como sabemos, então, quando resulta da ação a maior felicidade geral?



Princípios secundários:
  • São princípios que, segundo o que a experiência tem mostrado, conduzem geralmente a boas consequências.
  • São bastante fáceis de aplicar.

Ex. Não devemos maltratar inocentes.





Utilitarismo


Renoir
Os utilitaristas sustentam que há um princípio que resume todos os nossos deveres morais. O princípio moral fundamental é o de que devemos fazer aquilo que produza os maiores benefícios possíveis para todos os que serão afectados pela nossa ação.

Este «princípio da utilidade» é enganosamente simples. Na verdade, é uma combinação de três ideias. 

Utilitarismo - uma ética consequencialista




O utilitarismo é o tipo mais bem conhecido de teoria ética consequencialista. Os seus mais famosos defensores foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). O utilitarismo baseia-se no pressuposto de que o objetivo último de toda a atividade humana é (num certo sentido) a felicidade. Esta perspetiva é conhecida como hedonismo.

O Utilitarismo é um tipo de Consequencialismo




O Princípio da Maior Felicidade

O utilitarismo é um tipo de ética consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a acção moralmente certa é aquela que maximiza a felicidade para o maior número. E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua felicidade não conta mais do que a felicidade de qualquer outra pessoa.

Utilitarismo


Matisse
O credo que aceita a utilidade, ou o Princípio Moral da maior Felicidade, como fundamento da moralidade, defende que as ações estão certas na medida em que tendem a promover a felicidade, erradas na medida em que tendem a reproduzir o inverso da felicidade. Por felicidade entende-se o prazer e a ausência de dor; por infelicidade, a dor e a privação de prazer.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O hedonismo qualitativo de Stuart Mill


Matisse

Se me perguntarem o que entendo pela natureza qualitativa dos prazeres, ou por aquilo que torna um prazer mais valioso que outro, simplesmente enquanto prazer e não por ser maior em quantidade, só há uma resposta possível. De dois prazeres, se houver um ao qual todos ou quase todos aqueles que tiveram a experiência de ambos darem uma preferência decidida, independentemente de sentirem qualquer obrigação moral para o preferis, então será esse o prazer mais desejável.(…)

A ética deontológica de Kant




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