Mostrar mensagens com a etiqueta A experiência e o juízo estéticos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta A experiência e o juízo estéticos. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O juízo de gosto segundo Kant


Naufrágio, Turner

"Esta tempestade no mar é sublime", não é uma opinião pessoal.


O primeiro lugar-comum do gosto está contido na proposição com a qual cada pessoa sem gosto pensa precaver-se contra a censura: cada urna tem o seu próprio gosto. Isto equivale dizer que o princípio determinante deste juízo é simplesmente subjetivo (deleite ou dor) e que o juízo não tem nenhum direito ao necessário assentimento dos outros.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O padrão do gosto


Rembrandt

O sentimento está sempre certo – porque o sentimento não tem outro referente senão ele mesmo e é sempre real, quando alguém tem consciência dele. Mas nem todas as determinações do entendimento são certas, porque têm como referente algumas coisas para além delas mesmas, a saber, os factos reais e nem sempre são conformes a esse padrão.

O Gosto e a Beleza


Caravaggio

As teorias baseadas na subjetividade do gosto

1. Algumas explicações caracterizam-se por definir as noções de "bom" (esteticamente) e de "valor estético" em termos dos estados psicológicos dos sujeitos. [...] Daí que o valor estético não seja uma qualidade percetível nos objetos, como a cor ou a dimensão, mas sim uma relação que consiste no facto de alguém tomar uma atitude determinada a respeito deles. A tarefa da avaliação da arte reduz-se inteiramente à manifestação dos nossos gostos e preferências a respeito das obras de arte.

O problema da natureza dos juízos estéticos


Vermeer

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O juízo estético em Kant



Naufrágio, Turner

"Esta tempestade no mar é sublime", não é uma opinião pessoal.



O primeiro lugar-comum do gosto está contido na proposição com a qual cada pessoa sem gosto pensa precaver-se contra a censura: cada urna tem o seu próprio gosto. Isto equivale dizer que o princípio determinante deste juízo é simplesmente subjectivo (deleite ou dor) e que o juízo não tem nenhum direito ao necessário assentimento dos outros. O Segundo lugar-comum do gosto, que também é usado até por aqueles que concedem ao juízo de gosto o direito de expressar-se validamente por qualquer um, é: não se pode disputar sobre o gosto. O que equivale dizer que o princípio determinante de um juízo de gosto na verdade pode ser também objectivo, mas que ele não se deixa conduzir a conceitos determinados; por conseguinte, nada pode ser decidido sobre o próprio juízo através de provas, conquanto se possa perfeitamente e com direito discutir a esse respeito. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Padrão do Gosto





O problema da justificação dos juízos estéticos - aqui


O sentimento está sempre certo – porque o sentimento não tem outro referente senão ele mesmo e é sempre real, quando alguém tem consciência dele. Mas nem todas as determinações do entendimento são certas, porque têm como referente algumas coisas para além delas mesmas, a saber, os factos reais e nem sempre são conformes a esse padrão. Entre mil e uma opiniões que pessoas diferentes podem ter a respeito do mesmo assunto, há uma e apenas uma que é justa e verdadeira e a única dificuldade é encontrá-la e confirmá-la. Pelo contrário, os mil e um sentimentos despertados pelo mesmo objecto são todos certos, porque nenhum sentimento representa o que realmente está no objeto. Ele limita-se a observar uma certa conformidade ou relação entre o objecto e os órgãos ou faculdades do espírito e, se essa conformidade realmente não existisse, o sentimento jamais poderia ter ocorrido. A beleza não é uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que a contempla e cada espírito percebe uma beleza diferente. É possível até uma pessoa encontrar deformidade onde uma outra vê apenas beleza e qualquer indivíduo deve concordar com o seu próprio sentimento, sem ter a pretensão de regular o dos outros.

sábado, 7 de maio de 2011

O problema da Justificação dos juízos estéticos



Picasso

Em que consiste o problema da justificação do juízo estético?
Segundo o objectivismo estético é correcto dizer que este quadro de Picasso é belo porque todas as pessoas assim o consideram?
Para o subjectivismo estético há critérios que permitem justificar a verdade do juízo estético?


Dali
“Com respeito ao agradável cada um resigna-se com o facto de que o seu juízo, que ele funda sobre um sentimento privado e mediante o qual diz de um objecto que este lhe apraz, limita-se também simplesmente à sua pessoa. Por isso de bom grado contenta-se com o facto de que, se ele diz «o vinho espumante das Canárias é agradável», um outro corrige-lhe a expressão e recorda-lhe que deve dizer «ele é-me agradável» (…) Portanto, acerca do agradável vale o princípio: cada um tem o seu próprio gosto (dos sentidos).
Com o belo passa-se de modo totalmente diverso. Seria (precisamente ao contrário) ridículo se alguém que se gabasse do seu gosto pensasse justificar-se com isto: este objecto (o edifício que vemos, o traje que aquele veste, o concerto que ouvimos, o poema que é apresentado a julgamento) é para mim belo. Pois ele não tem que denominá-lo belo se meramente lhe apraz. Muita coisa pode ser atractivo e agrado para si, com isso ninguém se preocupa; se, porém, toma algo por belo, então atribui aos outros o mesmo comprazimento: ele não julga simplesmente por si, mas por qualquer um e neste caso fala da beleza como se ela fosse uma propriedade das coisas.
Por isso diz, a coisa é bela, e nisto conta com a adesão dos outros ao juízo que exprime o seu comprazimento, não porque ele tenha constatado muitas vezes que o juízo deles concordava com o seu, mas porque exige deles uma adesão.
Ora, (…) no juízo de gosto nada é postulado a não ser uma voz universal com vista ao comprazimento sem mediação de conceitos; por conseguinte, a possibilidade de um juízo estético, que ao mesmo tempo possa ser considerado válido para qualquer um. O próprio juízo de gosto não postula o acordo unânime de qualquer um (pois isso só pode fazê-lo um juízo lógico-racional, porque ele pode alegar razões); somente imputa a qualquer um este acordo como um caso de regra, com vista ao qual espera confirmação, não de conceitos mas de adesão dos outros.”
                                                                                      Kant, Crítica da Faculdade de Julgar

Como justifica Kant a universalidade do juízo estético?


domingo, 3 de abril de 2011

A experiência do Belo

Henri Matisse, La dance
Kant foi o primeiro a reconhecer uma pergunta propriamente filosófica na experiência da arte e do belo. Ele procurava uma resposta à pergunta: que é que deve ser vinculante na experiência do belo quando «encontramos algo que é belo», para que não se expresse apenas uma mera reacção subjectiva do gosto? Aqui, desde logo, não há uma universalidade como a das leis físicas, que explicam a individualidade do sensível como mais um caso. Que verdade encontramos no belo que se torna comunicável? Seguramente, nenhuma verdade e nenhuma universalidade como a que podemos empregar na universalidade do entendimento. Mas, apesar disso, a classe de verdade que encontramos na experiência do belo reivindica de modo inequívoco que a sua validade não é meramente subjectiva. Caso contrário, significaria que carecia de carácter vinculativo e de exactidão. Quem acredita que algo é belo não diz, por exemplo, só que gosta, como poderia gostar de uma comida. Se eu encontro algo belo, então quero dizer que é belo. Ou, parafraseando Kant: exijo a aprovação universal.

                                                                          H. G. Gadamer, A Actualidade do Belo


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...