Outra teoria metaética importante é
conhecida como emotivismo ou não cognitivismo. Os emotivistas,
(…) defendem que nenhuma afirmação tem literalmente sentido. Não exprimem
quaisquer factos; o que exprimem é a emoção do locutor. Os juízos morais não
têm nenhum significado literal; são apenas expressões de emoção, como
resmungos, bocejos ou gargalhadas.
Logo, quando alguém diz «A tortura está
errada» ou «Devemos dizer a verdade», está a fazer pouco mais do que mostrar o
que sente em relação à tortura e à honestidade. O que dizem nem é verdadeiro
nem falso: é mais ou menos o mesmo que gritar «Abaixo!» perante a tortura e
«Viva!» perante a honestidade. Na verdade tem-se chamado por vezes ao
emotivismo a teoria do abaixo / viva. Tal como quando uma pessoa
grita «Abaixo!» ou «Viva!» não está geralmente apenas a mostrar como se sente,
mas também a tentar encorajar as outras pessoas a partilhar o seu sentimento,
também, com as afirmações morais, o locutor está frequentemente a tentar
persuadir alguém a pensar da mesma maneira acerca do tema em causa.
Nigel Warburton, Elementos
Básicos de Filosofia
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