domingo, 2 de novembro de 2014

Meios de persuasão



A lógica clássica sugere que o bom argumento é sólido, ou seja, válido e com premissas verdadeiras. Embora esta concepção de bom argumento seja útil para modelar muitos tipos de argumentos, o apelo a premissas verdadeiras ajusta-se mal a muitos contextos informais, frequentemente caracterizados por crenças hipotéticas e incertas, por discordâncias profundas sobre o que é verdadeiro e o que é falso, por afirmações éticas e estéticas que não são facilmente categorizadas como verdadeiras ou falsas e por contextos variados nos quais hipóteses completamente diferentes podem ser aceitas ou rejeitadas.

(...)
A retórica e a lógica informal também compartilham um interesse mútuo (apesar de relativamente inexplorado, no caso da lógica informal) pelo papel que o caráter (ou ethos) exerce ao determinar se um argumento é convincente. Visto sob esse aspecto, um dos objetivos da argumentação deveria ser o estilo capaz de convencer a audiência de que alguém é merecedor de crédito e confiança. Argumentadores que se permitem insultos e exageros frequentes dificilmente alcançariam este objetivo, porque seus argumentos minam sua própria credibilidade, criando a impressão de que não são de confiança.


Nestes contextos, um argumentador que deseja persuadir uma audiência de um ponto de vista particular (geralmente a razão para argumentar, em primeiro lugar), deve prestar atenção às atitudes da audiência a que o argumento é dirigido. Mesmo que sejam verdadeiras, as premissas que não são aceitas por uma audiência não a convencerão da conclusão de um argumento. Assim, Tindale [1999] desenvolveu uma abordagem que considera e avalia argumentos do ponto de vista da audiência a que são dirigidos. Ele preserva a tradição que caracteriza a retórica Aristotélica e que sustenta que um bom argumentador apela para o pathos da audiência.


                                                               Leo Groarke (2011), "Lógica Informal", in Crítica





MEIOS DE PERSUASÃO




ÊTHOS – “Persuasão pelo caráter” 
                    Credibilidade moral e científica


PATHOS “Persuasão pela emoção”
                     Apelo às emoções do auditório


LOGOS – “Persuasão pelo argumento”
                   Discurso bem construído 




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