O artista é o criador de coisas
belas.
O objetivo da arte é revelar a
arte e ocultar o artista.
O crítico é aquele
que sabe traduzir de outro modo para um novo material a sua impressão das
coisas belas.
Um livro moral ou
imoral é coisa que não existe. Os livros são bem escritos ou mal escritos. E é
tudo.
(…)
A vida moral do homem faz parte dos temas
tratados pelo artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um
meio imperfeito. Nenhum artista quer demonstrar alguma coisa. Até as verdades podem ser demonstradas.
Nenhum artista tem simpatias éticas. Uma
simpatia ética num artista é um maneirismo de estilo imperdoável.
O artista nunca é mórbido. O artista pode
exprimir tudo.
O pensamento e a linguagem são para o artista
instrumentos de arte.
O vício e a virtude são para o artista
matérias de arte.
Sob o ponto de vista da forma, a arte do
músico é o modelo de todas as artes. Sob o ponto de vista do sentimento, é a
profissão de ator o modelo.
Toda a arte é, ao mesmo tempo, superfície e
símbolo. Os que penetram para além da superfície, fazem-no a expensas suas. Os
que lêem o símbolo, fazem-no a expensas suas.
O que a arte espelha é o expectador, não a
vida.
A diversidade das opiniões sobre uma obra de
arte revela que a obra é nova, complexa e vital.
Quanto os críticos divergem, o artista está em
consonância consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem que faça alguma
coisa útil, conquanto que a não admire. A única justificação para uma coisa
inútil é que ela seja profundamente admirada.
Toda a arte é completamente inútil.
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