quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Subjectivismo moral


Ana Subjectivista

Chamo-me Ana Subjectivista. Adoptei o subjectivismo ao compreender que a moral é profundamente emocional e pessoal.
O ano passado frequentei com alguns amigos um curso de antropologia. Acabámos por aceitar o relativismo cultural — a perspectiva de que o bem e o mal são relativos a cada cultura, que "bem" significa "socialmente aprovado". Mais tarde, descobri que o relativismo cultural enfrenta um problema, nomeadamente o de nos negar a liberdade para formarmos os nossos próprios juízos morais. Sucede que a liberdade moral é algo a que atribuo muita importância.
O relativismo cultural obriga-me a aceitar todos os valores da sociedade. Admitamos que descobri que a maior parte das pessoas aprova acções racistas; terei então de concluir que o racismo é um bem. Estaria a contradizer-me se dissesse "O racismo é socialmente aprovado embora não seja um bem". Como o relativismo cultural impõe as respostas do exterior, negando a liberdade de pensamento em questões morais, passei a considerá-lo repulsivo.
O subjectivismo sustenta que as verdades morais são relativas ao indivíduo. Se eu gosto de X e você não, então "X é um bem" é verdade para mim mas falso para si. Usamos a palavra "bem" para falar dos nossos sentimentos positivos. Nada é um bem ou um mal em si mesmo, independentemente dos nossos sentimentos. Os valores apenas existem como preferências de pessoas individuais. Você tem as suas preferências e eu as minhas; nenhuma preferência é objectivamente correcta ou incorrecta. Esta ideia tornou-me mais tolerante a respeito das pessoas com sentimentos diferentes e, portanto, com diferentes crenças morais.
                                                                                                                                                                               Harry Gensler

ÉTICA E SUBJECTIVISMO
Que objecções se podem colocar ao subjectivismo moral?

14 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. O subjectivismo oferece-nos uma abordagem demasiado imperfeita da moral, em que apenas fazemos o que gostamos, pior os nossos gostos é que tornariam as coisas boas ou más.
    Então se uma pessoa gosta de roubar então isso é o bem. ´
    Resumindo tudo o que agradasse tornar-se-ia um bem independentemente se isso for uma estupidez ou não.
    Então se tudo o que for bom ou mau depender dos nossos gostos (ou seja aceitarmos o subjectivismo) como ensinávamos os "próximos" a pensar em respeito da moral ?
    Ensinaríamos a deixarem-se guiar pelos seus gostos e pronto, em vez de lhes ajudar a pensar de forma sensata e responsavel.
    Mas se por exemplo uma pessoa for moralmente imatura esta ligação entre o que gostamos e o bem pode falhar.
    Pensar por exemplo em roubar alguem é um mal, por isso pode impedir-nos de o fazer, embora fosse isso que gostaríamos. Nas pessoas com maturidade moral esta relação pode corresponde.

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  3. O subjectivismo moral é uma teoria que defende a existência factos morais, ou seja, todo e qualquer juízo moral tem valor de verdade mas não é objectivo. Segundo este ponto de vista, apenas existem crenças/opiniões pessoais e não verdades universais.
    Tal como referido no texto, as afirmações acerca do bem e do mal, dependem dos sujeitos que as fazem, isto é, o que para A é bom poderá ser mau para B.
    Quando um sujeito afirma que uma certa acção é errada, esse sujeito apenas demonstra que lhe atribui um valor negativo e não que essa é de facto errada!
    O subjectivismo faz-nos crer que não existem verdades feitas e também que "bem" e "mal" são atributos que dependem da visão de cada ser humano. Esta teoria defende as diferenças e forma de pensar entre o ser humano.
    Contudo, aceito e compreendo o ponto de vista do Gustavo, pois há necessariamente regras universais que têm obrigatoriamente de ser cumpridas. Infelizmente grande parte da humanidade actual não tem maturidade e responsabilidade suficiente para ter consciência e aceitar as consequências dos seus actos.

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  4. Depois de ler o texto fiquei a pensar: "Se eu gostar de roubar, então roubar é bom?" - Não é correcto que aquilo de que nós gostamos ou deixamos de gostar seja um bem ou um mal.
    Acredito que existem verdades absolutas acerca do que é bom ou mau. São valores como a vida ou a morte que definem o bem ou o mal pois são comuns a toda a humanidade.

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  5. O subjectivismo moral defende que o valor de verdade de juízo de verdade depende sempre da perspectiva do sujeito que faz o juízo. Os factos morais são subjectivos porque são a expressão dos sentimentos de aprovação ou desaprovação do sujeito.
    Objecções ao subjectivismo moral:
    - Para o subjectivismo moral, todo e qualquer juízo moral pode ser verdadeiro.
    - O subjectivismo moral coloca em causa a educação moral.
    - O subjectivismo coloca em causa o debate das questões morais.
    Cada ser humano defende os seus ideais, os seus valores e ao afirmar o “bem” para esse sujeito, pudera ser o “mal” para outro.
    Esta teoria defende as diferentes formas de pensar de cada ser humano, mas devia de defender também a igualdade entre todos os seres, pois a meu ver acho que o juízo de verdade não devia de depender de uma pessoa mas sim, duma sociedade, algo que pudesse ser “universal” algo em que os sujeitos pudessem acreditar e respeitar.
    Concordo com o que o César afirmou, pois o que é bom para mim, poderá ser mau para outra pessoa, e posto isto se houver algo em causa, eu afirmar que uma coisa é verdadeira, e outra pessoa afirmar que a dela é que é, ninguém se entendia…
    Há verdades absolutas isso é certo, mas também há verdades que dependem de nós próprios.

    --
    MAlmeida

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  6. O subjectivismo moral defende que o valor de verdade do juízo moral depende sempre da perspectiva do sujeito que faz o juízo. Os factos morais são subjectivos, porque são a expressão dos sentimentos de aprovação ou de reprovação de pessoas.
    As objecções/críticas do subjectivismo moral são:
    - Para o subjectivismo moral, todo e qualquer juízo moral pode ser verdadeiro – de facto, se os juízos morais dependem apenas da perspectiva de cada sujeito, então nenhum juízo moral pode ser considerado errado, por mais repugnante que seja, uma vez que para quem o defende ele é verdadeiro.

    - O subjectivismo moral coloca em causa a educação moral - se cada um ajuíza à sua maneira os factos morais, para quê educar?

    - O subjectivismo coloca em causa o debate das questões morais - Numa sociedade organizada de acordo com o subjectivismo moral, a disciplina de Filosofia decerto não existiria…

    Na minha opinião, os seres humanos têm a sua maneira de pensar sobre as coisas, têm os seus juízos morais e acho que cada cidadão é livre de pensar e de ter os valores que mais forem apreciados por ele, e é isso que o relativismo moral valoriza, a liberdade. Por outro lado, acho que os seres humanos deveriam pensar “em comunidade”, pois se uma sociedade pensar da mesma forma, acabam os conflitos entre as pessoas dessa mesma sociedade e assim, para além de pensarem, vivem em comunidade.

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  7. As objecções que se poderão fazer ao subjectivismo moral são :

    - Para o subjectivismo moral todo e qualquer juízo moral pode ser verdadeiro.

    - O subjectivismo moral coloca em causa a educação moral.

    - O subjectivismo moral coloca em causa o debate das questões morais.

    Bruno Alves

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  8. Existe uma grande objecção em relação ao subjectivismo moral, e qual é? É que qualquer um pode fazer o que a sua natureza moral achar correcto moralmente. Por exemplo se uma pessoa achasse moralmente correcto roubar certamente iria faze-lo. Esse conceito numa comunidade poderia ate por em causa o conceito mural de uma cultura fazendo-os pensar no estava certo ou errado e provavelmente iriam prender aquele homem por ter roubado mesmo sem querer saber a sua opinião.

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  9. O subjectivismo moral defende que existem factos morais, ou seja, os juízos morais têm valor de verdade, mas não são objectivos. As afirmações do bem e do mal, dependem dos sujeitos que as fazem, por isso são subjectivas.
    As objecções ao subjectivismo moral são:
    -O subjectivismo moral permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro.
    - O subjectivismo compromete-nos com uma educação moral que consiste em ensinar que devemos agir de acordo com os nossos sentimentos.
    - O subjectivismo moral tira todo o sentido de debate racional sobre questões morais.
    - O subjectivismo não consegue explicar a existência de desacordos morais.

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  10. O subjectivismo moral é uma forma de relativismo segundo a qual cada indivíduo responde às questões morais baseadas no seu código moral, ou seja, esta defende que o valor de verdade do juízo moral depende sempre da perspectiva do sujeito que faz o juízo.
    Uma crítica contra esta teoria é o facto dela própria ser contraditória. Esta é uma perspectiva moral, e como tal, não é melhor ou pior comparada com outras teorias, no entanto, subjectivistas acreditam que verdades absolutas são erradas.
    Outra crítica seria que se esta teoria defende que uma acção é correcta se for de acordo com os seus sentimentos, então se um indivíduo sentir raiva sobre outro, estaria no seu direito se o matar.

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  11. De acordo com o subjectivismo moral, o valor de verdade do juízo moral depende sempre da perspectiva do sujeito que faz o juízo, sendo essa apreciação subjectiva.
    Eu vivo numa sociedade em que por exemplo roubar é um mal, enquanto que noutra cultura pode ser um considerado um bem, mas o bem e o mal são relativos, pois variam de cultura para cultura.
    Relativamente a esta teoria (subjectivismo moral) existem algumas objecções:
    - Todo e qualquer juízo moral pode ser verdadeiro;
    - Coloca em causa a educação moral;
    - Coloca em causa o debate das questões morais;


    Alexandra Almeida

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  12. O subjectivismo moral defende que o valor de verdade do juizo moral, ou as verdades morais dependem apenas e somente da perspectiva do sujeito que faz o juiízo em questão. Os factos morais são deste modo subjectivos porque são a expressão dos sentimentos de aprovação ou reprovação de um individuo. Contudo ao subjectivismo moral colocam-se algumas objecções. Se cada sujeito tem aquilo a que se pode chamar "a sua própria moral", então a moral sendo subjectiva vai contra o sentido lato da palavra em si "moral" ( conjunto de normas obrigatórias estabelecidas no interior de uma sociedade ou grupo). Deste modo todo e qualquer juízo moral perde a sua verdade, na medida em que contrapõe a palavra "moral".
    A educação moral, é a apropriação de normas no seio de uma sociedade, então esta teoria põe em causa a educação moral.
    O subjectivismo coloca ainda em causa o debate das questões morais. Ora se as verdades morais são todas relativas ao individuo, sendo que qualquer e todo juízo possa ser verdadeiro, então deixa-nos de ser possível debater e questionar acções morais.

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  13. O subjectivismo moral afirma que de acordo com a minha apreciação o bem e o mal são totalmente subjectivos de acordo com o meu código moral.
    Esta teoria pode ser critícada pelo facto de se autorefutar.
    Afirma que é correcta mas sendo uma perspectiva moral não pode ser melhor ou pior em relacção a outras teorias.Os subjectivistas afirmam que as verdades absolutas são erradas.
    Também pode ser criticado o facto de tudo aquilo que o juizo pessoal de cada pessoa achar é verdadeiro ou seja se para mim massacrar,maltrar ou roubar é um bem então não há qualquer problema de faze-lo.
    Posso ainda criticar o facto do debate das questões morais se tornar impossível,segundo este ponto de vista as verdades morais são relativas a cada individuo de acorod com o seu próprio código moral.
    Neste caso toda e qualquer discussão da moral perde o sentido se cada pessoa tem a sua própria.

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  14. O subjectivismo moral a teoria na qual os valores de verdade, juízos morais dependem das crenças, sentimentos e opiniões dos sujeitos que os imitem. Os juízos morais exprimem sentimentos de aprovação e desaprovação e dependem desses sentimentos, não há verdades morais, objectivos e universais, sendo assim o SM apresenta alguns defeitos pois este afirma que nenhuma perspectiva moral e mais verdadeira ou melhor do que a outra, mas como o SM e também uma perspectiva moral então não pode ser melhor do que qualquer outra.
    Ruben Guerreiro nº 25

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