A avaliação da arte
A questão da
avaliação da arte diz respeito aos critérios usados pela crítica para
classificar uma dada obra como boa ou má, magnífica ou vulgar, bonita ou feia,
etc. Será que há critérios ou princípios críticos universais? Como se adivinha,
aqueles que defendem que o valor da arte é instrumental, encontram aí o
fundamento para um critério geral de avaliação. Por exemplo, quem defende o
cognitivismo tem como critério geral de avaliação a maior ou menor capacidade
de uma dada obra de arte para nos proporcionar conhecimento. Esta é uma
perspetiva universalista.
Os particularistas, pelo contrário,
defendem que não há princípios gerais na justificação de princípios críticos.
Entre os particularistas encontram-se os subjectivistas (os critérios são
estritamente pessoais), intuicionistas (os termos valorativos básicos são
indefiníveis e as razões para justificar juízos críticos são desnecessárias),
expressivistas (não há princípios críticos, pois os juízos críticos limitam-se
a exprimir emoções) e relativistas (há princípios críticos, mas são escolhidos
sem que haja razões que os justifiquem).
O singularismo é também uma forma de
particularismo que considera quaisquer princípios irrelevantes, uma vez que
qualquer obra de arte é única e incomparável. Além disso, alega o singularista,
a mesma característica pode ser desejável numa obra e um defeito noutra, pelo
que é em vão que procuramos princípios de avaliação.
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