Klee
Texto: Princípios Secundários
Os defensores da
utilidade são frequentemente chamados a responder a objeções como esta – que
antes da ação, não há tempo para calcular e pesar os efeitos de qualquer
linha de conduta na felicidade geral. Isto é exatamente como se alguém
dissesse que é impossível guiar a nossa conduta pelo cristianismo, já que,
sempre que tenha de se fazer alguma coisa, não há tempo para ler todo o
antigo testamento.
A resposta a esta objeção é que
tem havido muito tempo, nomeadamente todo o passado da espécie humana. Ao
longo de todo este tempo, a humanidade tem vindo a descobrir tendências das
ações através da experiência, dependendo dessa experiência toda a prudência,
bem como toda a moralidade da vida. As pessoas falam como se o começo deste
curso de experiência tivesse sido posto de parte até aqui, e como se, no
momento em que um homem se sente tentado a intrometer-se na propriedade ou na
vida de outro, tivesse de começar a considerar pela primeira vez se o
assassínio ou o roubo são prejudiciais para a felicidade humana. (…) É
estranho pensar que um primeiro princípio é inconsistente com a aplicação de
princípios secundários. Informar um viajante sobre o lugar do seu destino
último não é proibir o uso de pontos de referência e de sinais pelo caminho.
A proposição de que a felicidade é o fim e o objetivo da moralidade não
significa que não se possa construir qualquer estrada para atingir esse
objetivo, ou que as pessoas que seguem para lá não devam ser aconselhadas a
seguir uma direção em vez de outra. (…) seja qual for o princípio
que adotemos como princípio fundamental da moralidade, precisamos de
princípios subordinados através dos quais possamos aplicá-los; a
impossibilidade de passarmos sem eles, sendo comum a todos os sistemas,
não pode proporcionar qualquer argumento contra um em particular
(…)
Stuart
Mill, Utilitarismo
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Questões:
1. A que objeção ao utilitarismo se refere o texto?
2. O que são princípios secundários?
1. A que objeção ao utilitarismo se refere o texto?
2. O que são princípios secundários?
Teremos de pensar sempre no princípio da maior felicidade
antes de agirmos?
Seria insensato e pouco prático:
- Temos
tendência para dar mais importância à nossa própria felicidade.
- É muito
difícil prever todas as consequências dos nossos atos.
Como sabemos, então, quando resulta da ação a maior
felicidade geral?
Princípios
secundários:
Ex. Não devemos maltratar inocentes.
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