domingo, 25 de maio de 2014

Será que há critérios ou princípios críticos universais?


Leonardo da Vinci, Gioconda

A avaliação da arte

A questão da avaliação da arte diz respeito aos critérios usados pela crítica para classificar uma dada obra como boa ou má, magnífica ou vulgar, bonita ou feia, etc. Será que há critérios ou princípios críticos universais? Como se adivinha, aqueles que defendem que o valor da arte é instrumental, encontram aí o fundamento para um critério geral de avaliação. Por exemplo, quem defende o cognitivismo tem como critério geral de avaliação a maior ou menor capacidade de uma dada obra de arte para nos proporcionar conhecimento. Esta é uma perspetiva universalista.

Os particularistas, pelo contrário, defendem que não há princípios gerais na justificação de princípios críticos. Entre os particularistas encontram-se os subjectivistas (os critérios são estritamente pessoais), intuicionistas (os termos valorativos básicos são indefiníveis e as razões para justificar juízos críticos são desnecessárias), expressivistas (não há princípios críticos, pois os juízos críticos limitam-se a exprimir emoções) e relativistas (há princípios críticos, mas são escolhidos sem que haja razões que os justifiquem).
singularismo é também uma forma de particularismo que considera quaisquer princípios irrelevantes, uma vez que qualquer obra de arte é única e incomparável. Além disso, alega o singularista, a mesma característica pode ser desejável numa obra e um defeito noutra, pelo que é em vão que procuramos princípios de avaliação.


      Aires Almeida, Estética e Filosofia da Arte, in Filosofia: uma Introdução por Disciplinas



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