Edward Hopper
Suponha-se que ela se decidia a
fazê-lo; a máxima da sua ação seria a seguinte: quando creio estar a precisar
de dinheiro, vou pedi-lo emprestado, prometendo pagá-lo, ainda que saiba que
isso nunca acontecerá. Ora, este princípio de amor-próprio, ou do nosso próprio
benefício, talvez seja consistente com todo o meu bem-estar futuro, mas a
questão agora é saber se é correto. Consequentemente, transformo a imposição de
amor-próprio numa lei universal, e formulo a pergunta como se segue: como
seriam as coisas se a minha máxima se tornasse uma lei universal? Ora,
vejo então imediatamente que nunca poderia ser uma lei universal da natureza,
em harmonia consigo mesma, tendo antes necessariamente de se contradizer. Pois
a universalidade de uma lei segundo a qual todas as pessoas que se vejam em
necessidades poderiam prometer fosse o que fosse com a intenção de não cumprir,
tornaria impossível a promessa e a finalidade que podemos ter em vista ao
prometer, dado que ninguém acreditaria que lhe estavam a prometer algo, antes
rindo perante tal elocução, por ser mentira.
Aplicação do Imperativo categórico
Age apenas segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que
se torne lei universal”
Uma ação é moralmente correta se
a sua máxima (regra de ação que nos indica o motivo por que fazemos algo) puder
ser universalizada, se se pode tornar um princípio universal de ação.
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