domingo, 18 de janeiro de 2015

O critério da clareza e distinção



Depois disso, considerei duma maneira geral o que é indispensável a uma proposição para ser verdadeira e certa; porque, como acabava de encontrar uma com esses requisitos, pensei que devia saber também em que consiste essa certeza.
E tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, que me garanta que digo a verdade, a não ser que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei que podia admitir como regra geral que é verdadeiro tudo aquilo que concebemos muito claramente e muito distintamente; havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quais são as cousas que concebemos distintamente.

                                                                               Descartes, Discurso do Método, Sá da Costa


A descoberta do Cogito como primeira certeza, leva Descartes a perguntar o que há no Cogito que o torna indubitável.

Responde que o cogito resiste a qualquer dúvida porque é percebido com clareza e distinção.

Da primeira certeza- o cogito – descartes extrai o critério de verdade:

É verdade tudo aquilo que percebemos/ entendemos com clareza e distinção – Intuição racional


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