quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O princípio da acção moral

  Van Gogh, noite estrelada

                  " Duas coisas enchem o meu coração de admiração: o céu estrelado por cima de mim e a lei moral em mim" (Kant, Crítica da Razão Prática)     


O Miguel reparou que o professor se esqueceu do telemóvel na secretária. Pegou nele e..

a) Guardou-o e ficou com ele
b) Devolveu-o ao professor para mostrar que era honesto e para que este lhe ficasse grato
c) Devolveu-o ao professor porque o telemóvel era dele  

Que avaliação moral podemos fazer de cada uma destas hipóteses?        

19 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Relativamente à alínea a), acho que é uma acção incorrecta. Porquê? Porque se o Miguel viu o telemóvel, sabia que era do professor e mesmo assim ficou com ele, só agiu a pensar nele próprio e "esqueceu-se" dos interesses, da preocupação, etc., do professor. Agiu imoralmente na minha consideração.
    Relativamente à alínea b), apesar de ter feito uma boa acção, não foi executada com uma boa intenção. Se calhar, até o fez contrariado, só para subir a sua nota, ou seja, ele fez uma boa acção, mas essa acção deixou de ser considerada "boa", porque o Miguel realizou-a com uma finalidade de proveito próprio. Acho que agiu incorrectamente. Finalmente, em relação à alínea c), acho que nesta situação, sim, agiu moral e correctamente. Agiu sem nenhum fim, sem nenhuma expectativa de ganhar benefícios. Agiu segundo a Lei Moral e talvez agiu de acordo com um ditado popular "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". Quer dizer, se ele tivesse tomado esta decisão, penso seria a mais correcta, pois agiu com a intenção de bem e sem pensar em consequências futuramente agradáveis.

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  3. Como falámos na aula acerca das devidas acções morais, e do respectivo exemplo que a professora deu em aula, observo que a alínea A está moralmente incorrecta, pois vai contra os princípios da boa acção.
    Relativamente há alínea B, o Miguel devolve o telemóvel ao professor com a intenção de mostrar que era honesto e que este lhe ficasse grato, é uma acção moral é certo, mas desde o momento em que o Miguel agiu recorrendo à sua consciência moral, com segundas intenções e com uma finalidade de benefício futuro posto isto esta acção passa a ser imoral, porque vai de encontra a moral, pois o Miguel não agiu por dever, nem segundo os princípios de uma boa acção, com o espírito de ajuda, mas sim recorrendo a uma finalidade.
    Finalmente, a alínea C é a que apresenta ser mais correcta, pois o Miguel agiu moralmente, sem pensar em qualquer benefício próprio, agiu por dever pois o telemóvel era do professor, e como sabemos a acção moral depende da relação entre o EU com OUTRO, isto é, tem de existir uma relação do Miguel com o professor, onde apresente a mesma dignidade e valores entre ambos.

    --
    MAlmeida

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  4. Em relação à alínea a), não acho uma opção correcta pois o Miguel não agiu a pensar no professor como sendo outro indivíduo com os mesmos valores deveres e direitos mas sim apenas a pensar no seu próprio benefício. Quanto à alínea b), não acho que seja uma opção válida pois o professor seria usado como um meio e não encerraria em si o fim da acção. A alínea c), penso que seja a correcta pois nesta Miguel respeita o professor como sendo um indivíduo de igual estatuto e completa nele a acção sem segundas intenções e oportunismo.

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  5. Relativamente à alínea a), o Miguel age numa maneira incorrecta, pois não devolveu o telemóvel mesmo sabendo que era do professor não tendo o respeitado o OUTRO, que tem a mesma dignidade e os mesmos valores que ele, agiu de acordo com um ditado popular "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti", ele ao agir desta maneira está a aceitar que algo semelhante lhe possa acontecer e ser correcta pelo ponto de vista do Miguel. A alínea b) demonstra que o Miguel apenas entregou ao professor o telemóvel para benefício próprio, não por pensar que seria correcto devolver o objecto mas sim porque demonstraria que era honesto e que este lhe ficasse grato, uma acção moral não esperaria nada em troca. A ultima alínea a c) segue a teoria de Kant, este afirma que não há acções absolutamente boas e más a não se BOA VONTADE, ou seja a vontade de agir por dever, mas o que é agir por dever? É a vontade de agir segundo a lei moral, o Miguel agiu pela sua consciência racional, não devolveu o telemóvel ao professor para nenhum beneficio próprio mas porque era o seu dever como cidadão da mesma sociedade do OUTRO, devolveu porque assim o achou correcto.

    Assinado : Ruben Guerreiro

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  6. Em a) Miguel age incorrectamente, viu o telemóvel em cima da secretária, sabia que era do professor e ficou com ele, esta acção é moralmente incorrecta pois a moral diz que devemos considerar todos os outros como tendo os mesmos valores e dignidade que nós.
    Em b) Miguel apesar de realizar uma boa acção, fá-lo pelas razões erradas. Ao devolver o telemóvel ao professor esperando algo em troca. Mais uma vez a moral exige que o ser se coloque no ponto de vista universal do agir e considere todos os outros como sendo iguais, coisa que não acontece, uma acção moral não espera nada em troca.
    Em c) Miguel realiza uma boa acção sem esperar nada em troca, tomando o próximo como igual. Miguel segue a teoria de Kant, age de boa vontade, seguindo a sua consciencia racional. Devolveu o telemóvel, não por beneficio próprio mas por que era o seu dever como elemento da sua sociedade.

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  7. A Acção moral consiste universalmente na medida em que não posso ter em conta apenas os meus interesses mas sim os do outro.
    Segundo Kant, devo agir por obediência a princípios. O que está em causa é a intenção da acção e não as suas consequências. Uma acção é moral se o sujeito tiver intenção de agir sobre os princípios. Não identifica uma acção como correcta ou incorrecta, pois o que me parece bem, numa outra circunstância poderá não parecer. Segundo Kant nada é totalmente correcto, à excepção da BOA VONTADE, ou seja, vontade de agir por dever, que respeita e obdece à Lei Moral, isto é, uma lei racional, a lei da razão.
    O Homem não pode definitivamente ser um meio para atingir um fim! Para que possa ser considerada moral, a minha acção tem obrigatoriamente de ser o próprio objectivo.
    Concluindo, apenas a hipótese C corresponde a uma acção moral. A hipótese A não é correcta, o sujeito não age por dever, pretende apropriar-se de um objecto alheio.
    Miguel age por dever e não conforme o dever (hipótese B).
    Miguel age de acordo com o que tem de ser feito, a sua finalidade é entregar o telemóvel ao professor, uma vez que lhe pertence (a).
    Miguel não deve agir de acordo com o que lhe trará consequências mais agradáveis. Como referido anteriormente, para que a minha acção possa ser considerada moral, essa tem se ser o próprio fim.

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  8. Na hipótese a) o Miguel tem uma acção incorrecta, porque guardou o telemóvel sabendo que pertencia ao professor, só pensou para seu próprio beneficio e não pensou no professor.
    Na hipótese b) o Miguel age correctamente ao devolver o telemóvel ao professor mas de uma maneira incorrecta visto que ele só devolveu o telemóvel ao professor com "segundas intenções".
    Na hipótese c) o Miguel age correctamente visto que realiza uma acção sem "segundas intenções", o Miguel faz uma acção que é fim em si mesma e está orientada para um fim que é um bem.

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  9. A acção a) é imoral. O Miguel ficou com o telemóvel pelo seu interesse. Na acção b), o Miguel devolveu o telemóvel apenas por ser do seu interesse. A origem da decisão em b) foi a mesma que em a), o interesse. Pôr o seu interesse acima dos outros é imoral. Na minha opinião, só a acção c) é correcta, já que Miguel transpôs os seus interesses e agiu de forma desinteressada.
    A teoria de Kant não impede que a pessoa satisfaça os seus interesses, pois também era do interesse de Miguel decidir o que fazer com o telemóvel e, apesar de não ter sido esse o motivo da acção c), também ganhou a consideração do professor. O acto deve ser desinteressado mas se, satisfizer interesses, tanto melhor para o Miguel.

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  10. Na minha opinião a acção a) é moralmente inaceitável pois o Miguel sabia que o telemóvel pertencia ao professor, e não o devolveu agiu apenas pensando nos seus interesses. Na acção b) Apesar de ter feito uma boa acção, esta tinha segundas intenções pois o Miguel apenas entregou ao professor o telemóvel para benefício próprio, não por pensar que seria correcto devolver o objecto mas sim porque demonstraria que era honesto e que este lhe ficasse grato, uma acção moral não esperaria nada em troca logo esta é uma acção incorrecta.
    Em relação a alínea c) é a única moralmente aceitável, seria a mais correcta, pois agiu com a intenção de praticar o bem, sem pensar nas consequências provenientes.

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  11. a) Na alinea a acção realizada pelo Miguel está errada, pois o Miguel ao ficar com o telemóvel faz um decisão incorrecta, porque apesar de ele saber que o telemóvel era o professor ele ficou com o telemóvel para ficar beneficiado com isso.
    b) Nesta alinea o Miguel toma uma acção meio correcta e meio errada, porque ele apesar de ter devolvido o telemóvel, ele devolveu-o com um objectivo, e nas acções morais o sujeito nunca pode ser um meio, mas sim um fim, e por isso é possível dizer que a acção está errada, porque devemos fazer as acções morais sem esperar algo em troca.
    c) Esta atitude feita pelo Miguel foi totalmente correcta, e isto é o que deveria ser feito em todo o planeta, mas infelizmente existem muitas pessoas sem boa vontade, e que so pensam em si.

    David Mealha 10º B

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  12. a) Esta opção moralmente errada segundo a minha cultura, pois o telemóvel nao era dele e ele ainda assim levou-o, temos de ter em conta que noutra cultura talvez essa acção fosse considerada moralmente correcta.
    b) Esta opção é meio correcta pois o Miguel viu reconhecimento na acção de entregar o telemóvel e então devolveu-o, pois sabia que iria ficar bem visto aos olhos da professora.
    c) Esta é a única acção moralmente correcta pois foi feita inconsciente, foi correcta pois o Miguel seguiu o seu sentido de “bem” e fez o que achava certo sem sequer pensar se havia alguma reconpensa.

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  13. a) está opção segundo a minha cultura e perante a minha sociedade é moralmente incorrecta, o telemóvel pertencia ao professor de Miguel, e Miguel perante o esquecimento do professor ficou-lhe com o telemóvel, provavelmente essa acção era aceite noutra sociedade, noutra cultura, noutra etnia...
    b)está segunda opção é razoavelmente aceitável pela minha sociedade, porque Miguel fez o correcto, dar o telemóvel à pessoa que dizia respeito, neste caso o professor. Mas "teve segundas intenções" ao fazê-lo independentemente de querer ou não ter essa acção de "segundas intenções" porque as vezes sem mal nenhum o fazemos, são "temas" que nos vem à cabeça, querendo ou não ...
    c)está opção é sem dúvida a mais aceite aos olhos da minha sociedade,da minha cultura, da minha religião, o Miguel fez muito bem em dar o telemóvel ao professor, era um objecto que não lhe pertencia e Miguel fez a acção moralmente correcta, pois foi feita conscientemente

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  14. Seguno Kant devemos agir por obediência a princípios e o que torna uma acção moral é se o individuo tiver a intenção de agir sobre os mesmos. Quando agimos o que está em causa é a nossa intenção e não as consequências da acção.
    Relativamente à alínea a), na minha opinião é uma acção imoral, pois o Miguel sabia que o telemóvel era do professor e ficou com ele, pensando só em si e não nos direitos que o professor e ele têm em comum. Na alínea b), apesar de ser uma acção moralmente correcta o Miguel ter devolvido o telemóvel, a partir do momento em que esta foi feita a pensar em consequências futuras deixa de ser uma acção moral e passa a ser uma acção conforme ao dever, portanto também não é a mais correcta.
    Por fim, a alínea c), é uma acção moral, pois é a única opção em que o Miguel age por dever em relação aos principios morais, em que este não se aproveita de ter devolvido o telemóvel ao professor para segundas intenções.

    Alexandra Almeida

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  15. Kant diz-nos que o conceito chave da sua ética é a boa vontade, uma vontade racional, na medida em que não segue os interesses sensíveis do Homem. Autónoma, no sentido em que é colocada pela própria razão. E universal.
    A boa vontade é a vontade de agir por dever, só assim uma acção é considerada moral.
    Agir por dever é agir segundo a lei moral, a qual aparece segundo a forma de imperativo categórico : " Age de tal maneira que a máxima da tua acção se torne uma lei universal". Esta é a lei racional, a lei da razão, que está relacionada com a consciência moral do individuo.
    Uma acção para ser moral tem a necessidade de ser um fim em si mesma,e não um meio.
    Kant faz assim a distinção entre agir contra o dever, agir conforme ao dever e agir por dever, aqui representado sob a forma de alineas "a", "b" e "c". Neste caso em particular a alinea "a" é considerada uma acção contra o dever ou seja uma acção imoral, não agindo o sujeito segundo a boa vontade. Enquanto que a alinea "b" é uma acção conforme ao dever, que por sua vez é somente um meio para atingir um fim, obedecendo a interesses sensíveis do indivíduo.
    Posto isto, a alinea "c" é aquela que é considerada moralmente correcta, visto que é uma acção por dever, sendo ela um fim em si mesma, obedecendo à lei da razão.

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  16. Em relacção á alínea a) considero que o Miguel agiu mal não agindo racionalmente,seguindo os seus próprios interesses,não tendo pensado no professor como alguém com os mesmos direitos e deveres que ele próprio,nem pensando no transtorno e na própria atitude e derivadas consequências.
    Na alínea b) considero que apesar de ser moralmente aceitável não foi de boa vontade.
    Fez talvez pensando nas repercussoes positivas e nas mais valias que aquela acção poderia trazer a si próprio.Por interesse.
    Na alínea c) já é uma acção moral visto o Miguel ter entregue o telémovel ao professor por boa vontade,fazendo-o por ser o correcto e o mais certo de acordo com os seus próprios valores.Respeitando os direitos do professor e considerando-o como um ser igual a ele.

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  17. Bem em relação a alínea a) não acho uma acção correcta porque o Miguel não esta a pensar no professor mas tá si a ser egoista e a pensar só em sí próprio.
    Na alínea b) Não é completamente correcta porque apesar do Miguel ter entregue o telemovel ao professor ele ta a utilizar o professor com um meio para obter outros fins.
    Na alinea c) O Miguel já pensa no professor com os meusmos direitos que ele logo pensa que gostaria que se ele tivesse na posição do professor gostaria que lhe dessem o telemovel, o Miguel nesta alinea age por dever porque a sua acção tem fim em si mesma não espera utilizar o professor para obter outras coisas.

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  18. De acordo com a teoria de Kant, um individuo deve agir por dever, em função dos valores estabelecidos pela sociedade em que se encontra, procurando respeitar o outro como se fosse um outro "eu". Verifica-se que na alínea a) isso nao acontece uma vez que Miguel sabe que o telemóvel é um bem material de um outro mas nao lhe devolve. Na alínea b), o que Miguel fez não está de acordo com aquilo que Kant defende uma vez que Miguel entrega o telemóvel ao professor mas apenas por querer mérito e reconhecimento por parte do professor. De certo a alínea c) é a correcta pois Miguel entrega o telemóvel ao professor mas nao por reconhecimento mas sim por boa vontade.

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  19. Segundo Kant, podemos avaliar moralmente esta situação da seguinte forma:

    a)Esta acção é definitivamente imoral, foi praticada segundo os interesses do agente sem considerar o professor como outro ser com os mesmos deveres e direitos, com o mesmo valor.

    b)Esta acção continua a ser imoral, visto que apesar de ter as mesmas consequências de uma acção moral, é imoral pois a sua intenção e motivação foi segundo os seus próprios interesses, utilizando esta acção como um meio para atingir um fim.

    c)Esta acção é uma acção moral, foi praticada segundo a lei moral, segundo a consciência moral do indivíduo, ao fazer o que é correcto, sem “segundas intenções”, ou seja, sem utilizar esta acção para atingir outros fins, apenas em fazer dela o seu próprio fim.

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