quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As condicionantes da acção humana



CONDICIONANTES FÍSICO-BIOLÓGICAS


O património genético que os seres humanos herdam dos seus progenitores determina um conjunto de condicionantes das suas acções. A estrutura biológica de cada um, assim como a sua relação com o meio condiciona aquilo que ele quer fazer.
O ambiente e recursos materiais condicionam a acção humana (recursos, matérias-primas, clima, condições ambientais).
A personalidade e características psicológicas de cada um também condicionam a sua acção.


CONDICIONANTES HISTÓRICO-CULTURAIS


A época histórica e o meio sociocultural influenciam as nossas decisões.
Através do processo de socialização cada ser humano apreende e interioriza os elementos da cultura a que pertence: linguagem, valores, regras, crenças, formas de sentir, de ser e de estar.


Powerpoint - Acção Humana

sábado, 20 de novembro de 2010

Acção humana, liberdade e responsabilidade.



-         A Acção Humana consiste numa interferência intencional, consciente e voluntária no curso normal da realidade. É consciente porque o agente tem a percepção de si como autor da acção; é intencional pois o agente tem um propósito ao realizar a acção e um motivo que é o porquê da acção (as razões que permitem compreender a intenção); é voluntária porque expressa a vontade livre do agente. Sendo o agente quem conduz a acção com uma finalidade.
-        Os termos liberdade, acção humana e responsabilidade estão relacionados, visto que que um agente tem a capacidade de escolher, tem uma vontade livre que decide realizar uma acção. mas é responsável pela acção que pratica e pelas consequências que ela provoca, ou seja, um agente ao ter liberdade para agir de forma intencional, consciente e voluntária automaticamente é responsável pelo seu resultado.
Raquel Morgado

A ACÇÃO HUMANA


“O que é a acção e o que é agir? Um movimento corporal não é nem pouco mais ou menos o mesmo que acção; não é o mesmo “estar a andar” que “ir dar um passeio”. De maneira que as perguntas vitais que a seguir temos de tentar responder são: que significa agir? O que é uma acção humana e como é  que se diferencia dos outros movimentos que outros seres fazem, bem como de outros gestos que os humanos também fazem. Não será ilusão ou um preconceito imaginar que somos capazes de verdadeiras acções e não de simples reacções diante do que nos rodeia, nos influencia e nos constitui? (...)
A verdade é que existe uma diferença entre o que simplesmente me acontece, o que faço sem me dar conta e sem querer (...), o que faço sem me dar conta mas segundo uma rotina adquirida voluntariamente e o que faço apercebendo-me e querendo (...). Parece que a palavra “acção” apenas convém à última destas possibilidades. É evidente que ainda existem outros gestos difíceis de classificar mas que, à partida, parecem qualquer coisa menos acções: por exemplo, fechar os olhos e levantar o braço quando alguém me atira qualquer coisa à cara ou procurar algo a que me agarrar quando estou quase a cair. Não, decididamente uma acção é apenas o que não teria feito se não tivesse querido fazê-lo: chamo acção a um acto voluntário."
                                                                                                            Savater

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A filosofia como actividade argumentativa





A filosofia é um envolvimento crítico com as ideias através de palavras. Envolve argumentos e contra-argumentos, exemplos e contraexemplos. Os filósofos não se limitam a expressar as suas crenças; justificam-nas com provas e argumentos. Raciocinam, definem, clarificam. Acima de tudo, os filósofos estão interessados na verdade, numa tentativa constante de ir para além das aparências. Tentam formular as suas posições com clareza e rigor que lhes permite serem desafiados e até criticados. Deste modo, a filosofia não é uma questão de manifestos e atitudes, mas de posições racionais que conduzem a conclusões bem fundamentadas.
                                                                                 Nigel Warburton, O que é a arte?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Problemas filosóficos e disciplinas filosóficas




Filosofia da Acção
Estuda os problemas relacionados com a natureza e racionalidade da acção, como os seguintes:
O que são acções?
Como explicar os comportamentos humanos irracionais?
Que relação existe entre acção, liberdade e responsabilidade?

Axiologia
Estuda a natureza dos valores.
 O que são valores?
Os valores são objectivos ou subjectivos?

Ética (ou filosofia moral)
 Estuda problemas relacionados com o modo como devemos viver e com o que devemos valorizar. 
A ética abrange três áreas ou subdisciplinas distintas: a metaética, a ética normativa e a ética aplicada. A metaética estuda problemas mais abstractos, relacionados com a natureza da própria ética; a ética normativa estuda diferentes sistemas éticos; e a ética aplicada estuda problemas práticos, como o aborto ou a eutanásia.

Como devemos agir?
Haverá padrões morais universais ou todas as normas morais serão relativas?
O aborto e a eutanásia serão justificáveis?
Os animais têm direitos?


Filosofia Política
Estuda o modo como podemos viver em sociedade e o modo como devemos fazê-lo, o que levanta problemas como os seguintes:

Como deveremos viver em sociedade?
Será o Estado necessário?
Haverá limites para a liberdade individual?
Como se deve distribuir a riqueza?

Estética e Filosofia da Arte
A estética estuda a natureza do juízo estético em geral; a filosofia da arte estuda problemas relacionados com a definição, valor e avaliação da arte.

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