Magritte
O tipo de enunciado observacional
efetivamente feito em ciência, como por exemplo, “a estrutura molecular da
substância foi afetada pelo calor”, pressupõe teorias bastante elaboradas.
A
teoria vem sempre primeiro: a perspetiva simples do método científico está completamente
enganada ao supor que a observação imparcial precede sempre a teoria. O que
vemos depende do que sabemos e as palavras que escolhemos para descrever o que
vemos pressupõem sempre uma teoria sobre a natureza do que vemos. Estes são
dois factos inescapáveis acerca da natureza da observação que enfraquecem a
noção de uma observação objetiva, sem preconceitos, neutra.
Nigel Warburton,
Elementos básicos de Filosofia
Objeções
ao método indutivista
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Algumas
teorias científicas referem-se a aspetos inobserváveis
Em
muitos casos as teorias não podem ser induzidas a
partir de observações
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Popper
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A
observação não é o ponto de partida para a investigação científica
A
observação não é imparcial
Não
há observação pura - o cientista já observa com expectativas e teorias
O
ponto de partida da investigação não é a observação, mas o problema que
surge do confronto entre a observação e as expectativas ou teorias que se tem
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Não
é possível verificar ou confirmar uma hipótese
As
inferências indutivas são racionalmente injustificáveis – problema da indução
Não
são dedutivamente demonstradas
Não
podemos recorrer à indução para justificar a indução
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