É
o princípio de que o único fim para o qual as pessoas têm justificação,
individual ou coletivamente, em interferir na liberdade de ação de
outro, é a autoproteção. É o princípio de que o único fim em função do
qual o poder pode ser corretamente exercido sobre qualquer membro de uma
comunidade civilizada, contra a sua vontade, é o de prevenir dano a
outros.
O
seu próprio bem, quer físico, quer moral, não é justificação
suficiente. Uma pessoa não pode corretamente ser forçada a fazer ou a
deixar de fazer algo porque será melhor para ela que o faça, porque a
fará feliz, ou porque, na opinião de outros, fazê-lo seria sábio, ou até
correto. Estas são boas razões para a criticar, para debater com ela,
para a persuadir, ou para a exortar, mas não para a forçar, ou para lhe
causar algum mal caso ela aja de outro modo. Para justificar tal coisa, é
necessário que se preveja que a conduta de que se deseja demovê-la
cause um mal a outra pessoa.
A
única parte da conduta de qualquer pessoa pela qual ela responde
perante a sociedade é a que diz respeito aos outros. Na parte da sua
conduta que apenas diz respeito a si, a sua independência é, por
direito, absoluta. Sobre si, sobre o seu próprio corpo e a sua mente, o
indivíduo é soberano.
S. Mill, Sobre a Liberdade
COMO DEVE O ESTADO RELACIONAR-SE COM OS CIDADÃOS?
· O que legitima a autoridade do Estado?
· Até que ponto pode o Estado limitar a liberdade dos Cidadãos?
· O que é que pode justificar a interferência do Estado na vida dos Cidadãos?
SERÁ QUE O ESTADO DEVE PROIBIR TUDO O QUE É IMORAL?
· Qual a relação entre moralidade e legalidade?
· Devem as leis jurídicas ter um fundamento ético?
· Deverá ser ilegal o que é imoral?
A RESPOSTA DE MILL
O PRINCÍPIO DO DANO
· O Estado deve impedir atos que inflijam danos a pessoas, sem o seu consentimento.
· É o princípio do dano que justifica a existência de leis que proíbam que as pessoas façam mal aos outros.
Mas deve o estado impedir que as pessoas façam mal a si próprias?
Segundo Mill, o Estado:
· Não deve proibir as pessoas de fazerem mal a si próprias.
· Não deve intrometer-se nas relações que as pessoas estabelecem livremente entre si.
O princípio do dano é uma recusa ao paternalismo estatal
PORQUÊ O PRINCÍPIO DO DANO?
· O princípio do dano promove a felicidade geral
A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E O PRINCÍPIO DO DANO
· As
pessoas devem ter o direito de se expressar livremente, até mesmo
quando as ideias que defendem pareçam disparatadas ou imorais.
· Os
limites da liberdade de expressão são estabelecidos pelo princípio do
dano – expressar ideias que possam provocar danos aos outros.
ATIVIDADE
ATIVIDADE
- Concorda com a teoria do dano? Que objeções se podem colocar a esta teoria? (apresente exemplos)
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