Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir os bons silogismos dos maus.
Começa por classificar individualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas que começam pela palavra "todos" são proposições universais; aquelas que começam com "alguns" são proposições particulares. Aquelas que contêm a palavra "não" são proposições negativas; as outras são afirmativas. Aristóteles serviu-se então destas classificações para estabelecer regras para avaliar as inferências. Por exemplo, para que um silogismo seja válido é necessário que pelo menos uma premissa seja afirmativa e que pelo menos uma seja universal; se ambas as premissas forem negativas, a conclusão tem de ser negativa. Na sua totalidade, as regras de Aristóteles bastam para validar os silogismos válidos e para eliminar os inválidos.
Anthony Kenny, História Concisa da Filosofia Ocidental
PROPOSIÇÕES
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AFIRMATIVAS
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NEGATIVAS
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UNIVERSAIS
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UNIVERSAIS AFIRMATIVAS
Todo o S é P
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UNIVERSAIS
NEGATIVAS
Todo o S não é P
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PARTICULARES
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PARTICULARES
AFIRMATIVAS
ALGUM S é P
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PARTICULARES
NEGATIVAS
ALGUM S não é P
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Distribuição
dos termos
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Termo
SUJEITO
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Está distribuído apenas nas proposições UNIVERSAIS
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TIPO A
Todo o S é P
TIPO E
Nenhum o S é P
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Termo
PREDICADO
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Está distribuído apenas nas proposições NEGATIVAS
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TIPO E
Nenhum S é P
TIPO O
Algum o S não é P
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REGRAS DO SILOGISMO VÁLIDO
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1
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De duas premissas negativas, nenhuma conclusão se segue
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2
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Se uma premissa é negativa, a conclusão é negativa
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3
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De duas premissas particulares, nenhuma conclusão se segue
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4
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Se uma premissa é particular, a conclusão tem de ser particular
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5
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O termo médio tem de estar distribuído pelo menos numa premissa
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6
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Se um termo está distribuído na conclusão, tem de estar também distribuído na premissa em que ocorre
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FICHAS/ EXERCÍCIOS
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