Balthus
Um erro comum que existe na
teoria da ação é supor que todas as ações intencionais são o resultado de
alguma espécie de deliberação, que são o produto de uma cadeia de raciocínio
prático. Mas, obviamente, muitas coisas que fazemos não são assim. Simplesmente
fazemos alguma coisa sem qualquer reflexão prévia.
Por exemplo, numa conversa
normal, não se reflecte sobre o que se vai dizer a seguir – simplesmente se
diz. Em tais casos, há decerto uma intenção, mas nã uma intenção formada antes
da realização da ação. É o que eu chamo uma intenção na ação. Noutros casos,
porém, formamos intenções anteriores. Refletimos sobre o que queremos e sobre
qual a melhor maneira de o levar a cabo.
J.Searle, Mente, Cérebro e Ciência
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