quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ação, intenção e deliberação


Balthus

Um erro comum que existe na teoria da ação é supor que todas as ações intencionais são o resultado de alguma espécie de deliberação, que são o produto de uma cadeia de raciocínio prático. Mas, obviamente, muitas coisas que fazemos não são assim. Simplesmente fazemos alguma coisa sem qualquer reflexão prévia.
Por exemplo, numa conversa normal, não se reflecte sobre o que se vai dizer a seguir – simplesmente se diz. Em tais casos, há decerto uma intenção, mas nã uma intenção formada antes da realização da ação. É o que eu chamo uma intenção na ação. Noutros casos, porém, formamos intenções anteriores. Refletimos sobre o que queremos e sobre qual a melhor maneira de o levar a cabo.

                                                    J.Searle, Mente, Cérebro e Ciência


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