Uma característica
notável de muita da informação que adquirimos através da experiência comum é
que, embora ela possa ser suficientemente precisa dentro de certos limites,
raramente é acompanhada por qualquer explicação que nos diga por que se deram
certos factos alegados. Deste modo, as sociedades que descobriram os usos da
roda habitualmente nada sabiam sobre forças de fricção, nem sobre as razões que
fazem que os bens colocados em veículos com rodas possam ser transportados com
mais facilidade do que os bens arrastados pelo chão. Muitas pessoas aprenderam
que era aconselhável estrumar os seus campos agrícolas, mas poucas se
preocuparam com as razões para agir assim. As propriedades medicinais das
plantas como a dedaleira foram reconhecidas há séculos, embora habitualmente não
se tenha oferecido qualquer explicação das suas propriedades benéficas. Além
disso, quando o “senso comum” tenta dar explicações para os seus factos – como quando
se explica o valor da dedaleira como estimulante cardíaco através da semelhança
entre a forma da flor e o coração humano – muitas vezes não há testes da relevância
das explicações para os factos.
(…) É o desejo de explicações que sejam ao mesmo tempo sistemáticas e controláveis através de dados factuais que gera a ciência, e é a organização e classificação do conhecimento segundo princípios explicativos que é o objectivo próprio das ciências.
Ernest Nagel, A Estrutura da Ciência
Conhecimento vulgar
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Resulta da experiência quotidiana – atitude passiva
Espontâneo
Superficial
Subjetivo
Prático
Assistemático
Imetódico
dogmático
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Conhecimento
científico
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Resulta de uma atitude ativa
Racional
Explicativo
Metódico e sistemático
Parte de hipóteses
Formula teorias e leis
Objetivo (procura ser)
Preditivo
Provisório
Crítico
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