terça-feira, 13 de março de 2012

Conflito de Deveres







“Durante a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra e os barcos de pesca com refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão de passagem. Ora, é claro que os pescadores tinham apenas duas alternativas, mentir ou permitir que os seus passageiros (e eles mesmos) fossem apanhados e executados. Não havia terceira alternativa.”
                                                                                                      (Filosofia, 10º ano, Plátano Editora)

O que fazer? A teoria de Kant dá resposta a esta situação?

Juízos de facto e juízos de valor





Juízo de facto
Descrição impessoal de uma realidade, do que aconteceu sem interpretação ou apreciação.
Informa-nos acerca de factos, coisas, acontecimentos ou acções.
O Juízo de facto pode ser verdadeiro ou falso, pode ser afirmado ou negado pela experiência.
Estes juízos são descritivos ou afirmativos, não prescrevem o que se pode ou deve fazer.

Ex: A Guernica foi pintada por Picasso

Juízo de valor
Apreciação dos aontecimentos que manifesta preferências relativamente a um dever ser.
Avalia acontecimentos, coisas e acções.
Refere-se a valores ou princípios que servem de base à avaliação.
Podem ser normativos ou prescritivos.
Ex: A Guernica é o quadro mais belo de Picasso

Mas não podem os juízos  de valor ter valor de verdade?

Quem tem uma perspetiva objectivista dos valores considera que os juízos de valor podem ser verdadeiros ou falsos. 

domingo, 11 de março de 2012

Preparação 4º Teste



FICHAS DE PREPARAÇÃO 4º TESTE:    10ºANO
                                                                     11ºANO

domingo, 4 de março de 2012

A escolha de Sofia





Uma mulher polaca, com os seus dois filhos é presa num campo de concentração de Auschwitz. Os nazis colocam-na perante um terrível dilema: um dos filhos pode ser poupado à câmara de gaz mas tem de ser ela a escolher. Obrigada, acaba por escolher. Salva o seu filho mais velho e sacrifica a filha mais nova e mais frágil. Decidiu assim porque pensou que sendo o filho mais forte, tinha mais probabilidades de resistir e sobreviver nas duras condições do campo de concentração.

Avalia a escolha de Sofia segundo o ponto de vista utilitarista?

O princípio da ação moral





  " Duas coisas enchem o meu coração de admiração: o céu estrelado por cima de mim e a lei moral em mim" (Kant, Crítica da Razão Prática)


O Miguel reparou que o professor se esqueceu do telemóvel na secretária. Pegou nele e..

a) Guardou-o e ficou com ele
b) Devolveu-o ao professor para mostrar que era honesto e para que este lhe ficasse grato
c) Devolveu-o ao professor porque o telemóvel era dele  

Que avaliação moral podemos fazer de cada uma destas hipóteses?        

A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL




Teste Intermédio Interno




MATRIZ TIIF - 10º ano    CLICA AQUI


MATRIZ TIIF - 11º ano  CLICA AQUI



sábado, 3 de março de 2012

PPT - O EMPIRISMO DE DAVID HUME



O empirismo de David Hume



Mediante que argumento se poderia provar que as percepções da mente têm de ser causadas por objectos exteriores completamente diferentes delas, embora se lhes assemelhem (se isso for possível), e que não poderiam derivar, seja da força da própria mente, seja da sugestão de algum espírito invisível e desconhecido, seja de alguma causa ainda mais desconhecida? Reconhece-se que, de facto, muitas dessas percepções não surgem de algo exterior, como nos sonhos, na loucura e noutras doenças. [...]

Saber se as percepções dos sentidos são produzidas por objectos que se lhes assemelham constitui uma questão de facto. Como deve ser decidida esta questão? Pela experiência, certamente, como no caso de outras questões de idêntica natureza. Mas aqui a experiência permanece — e tem de permanecer — inteiramente em silêncio. Nada está jamais presente ao espírito a não ser as percepções, e ele não tem maneira de conseguir qualquer experiência da conexão das percepções com os objectos. A hipótese dessa conexão não tem, portanto, qualquer fundamento no raciocínio.
      […]
Este é, portanto, um tópico em que os cépticos mais profundos e filosóficos sempre triunfam, quando se esforçam por introduzir uma dúvida universal em todos os objectos de conhecimento e investigação humanos. Seguis os instintos e tendências naturais, poderiam eles dizer, ao admitir a veracidade dos sentidos? Mas eles levam-vos a acreditar que a própria percepção, ou imagem sensível, é o objecto exterior. Recusais esse princípio, adoptando uma posição mais racional, segundo a qual as percepções são apenas representações de alguma coisa exterior? Mas aqui afastais-vos das vossas propensões naturais e das vossas crenças mais óbvias e, mesmo assim, não sois capazes de satisfazer a vossa razão, a qual continua a ser incapaz de encontrar, a partir da experiência, qualquer argumento convincente para provar que as percepções estão ligadas a quaisquer objectos exteriores.

              David Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano

Origem do conhecimento - Racionalismo e empirismo





 A posição epistemológica que vê no pensamento, na razão, a fonte principal do conhecimento humano chama-se racionalismo (de ratio = a razão). Segundo ela, um conhecimento só merece na realidade este nome quando e logicamente necessário e universalmente válido. Quando a nossa razão julga que urna coisa tem que ser assim e que não pode ser de outro modo, que tem de ser assim, portanto, sempre e em todas as partes, então, e só então, nos encontramos ante um verdadeiro conhecimento, na opinião do racionalismo. Um conhecimento desse tipo apresenta-se-nos, por exemplo, quando formulamos o juízo "o todo e maior do que a parte", ou o juízo "todos os corpos são extensos". Em ambos os casos vemos com evidência que tem de ser assim e que a razão se contradiria a si mesma se quisesse sustentar o contrário. E porque tem de ser assim, e também sempre e em todas as partes assim. Estes juízos possuem, pois, uma necessidade lógica. (…) e uma validade universal rigorosa. (...) Todo o verdadeiro conhecimento se funda deste modo - assim conclui o racionalismo - no pensamento. Este é, por conseguinte, a verdadeira fonte e base do conhecimento humano.
                                                                                        J. Hessen, Teria do Conhecimento




 A posição filosófica segundo a qual a razão tem um papel preponderante na aquisição de conhecimento. O racionalismo é assim o oposto do EMPIRISMO. Tal como existem versões radicais de empirismo que negam à razão qualquer papel na aquisição de conhecimento, também as versões mais radicais de racionalismo negam aos sentidos qualquer papel na aquisição de conhecimento. Contudo, ao passo que ainda hoje em dia há quem defenda posições empiristas radicais, as posições racionalistas radicais só foram populares na Grécia antiga. As versões mais moderadas de racionalismo defendem que tanto a razão como os sentidos são fontes substanciais de aquisição de conhecimento. Há que não confundir a ideia de que podemos adquirir conhecimento a priori acerca do mundo com a ideia de que o conhecimento não seria possível sem termos experiência do mundo. Uma coisa é como adquirimos os conceitos relevantes usados na formulação das nossas crenças acerca do mundo, os quais podem ser adquiridos através da experiência; outra coisa é saber se, na posse dos conceitos relevantes, podemos ou não saber coisas acerca do mundo sem recorrer à experiência. Por exemplo, o facto de termos adquirido os conceitos de azul e de vermelho através da experiência perceptiva não nos impede de saber a priori que um objecto todo vermelho não pode ser azul.
Não se deve confundir as posições racionalistas tradicionais com a defesa de uma capacidade racional de intuição responsável pelo nosso conhecimento a priori. Por exemplo, como sabemos que ou chove ou não chove? Porque num certo sentido podemos "ver" através da nossa intuição racional que isso é verdade. Os primeiros grandes filósofos racionalistas foram DESCARTES, LEIBNIZ e ESPINOSA. As posições racionalistas foram praticamente rejeitadas durante o séc. XIX com a descoberta de geometrias não-euclidianas. Graças ao trabalho de filósofos como Thomas Nagel (n. 1937) e Laurence Bonjour (n. 1943) o racionalismo volta a estar hoje na ordem do dia.
2. Num sentido mais geral, o racionalismo é a ideia de que só racionalmente podemos chegar às verdades acerca do mundo. Tanto a experiência como a razão são métodos racionais de aquisição de conhecimento, por oposição aos processos místicos, como a fé ou a revelação divina. 

             Dicionário Escolar de Filosofia, Plátano Editora: http://www.defnarede.com/r.html

PPT O RACIONALISMO DE DESCARTES



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