Matisse
ESQUEMA/ SÍNTESE - CONTEÚDOS DA MENTE - AQUI
Podemos aqui, portanto, dividir todas as perceções da mente em duas classes ou espécies, que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. As que são menos fortes e vividas são geralmente chamadas pensamentos ou ideias.
A outra espécie carece de nome na nossa língua, bem como na maioria das outras, e suponho que isto acontece porque nunca foi necessário para qualquer finalidade, com exceção das de caráter filosófico, designá-las por qualquer termo ou denominação geral. Permitamo-nos portanto uma certa liberdade e chamemos-lhes impressões, empregando esta palavra num sentido um pouco diferente do habitual. Entendo pelo termo impressão, assim, todas as nossas impressões mais vividas, sempre que ouvimos, ou vemos, ou sentimos, ou amamos, ou odiamos, ou desejamos ou queremos. E as impressões são distintas das ideias, que são as percepções menos vividas de que temos consciência, quando reflectimos sobre qualquer das sensações ou movimentos acima mencionados.
A outra espécie carece de nome na nossa língua, bem como na maioria das outras, e suponho que isto acontece porque nunca foi necessário para qualquer finalidade, com exceção das de caráter filosófico, designá-las por qualquer termo ou denominação geral. Permitamo-nos portanto uma certa liberdade e chamemos-lhes impressões, empregando esta palavra num sentido um pouco diferente do habitual. Entendo pelo termo impressão, assim, todas as nossas impressões mais vividas, sempre que ouvimos, ou vemos, ou sentimos, ou amamos, ou odiamos, ou desejamos ou queremos. E as impressões são distintas das ideias, que são as percepções menos vividas de que temos consciência, quando reflectimos sobre qualquer das sensações ou movimentos acima mencionados.
Mas embora o nosso pensamento pareça possuir esta liberdade irrestrita, veremos, num exame mais pormenorizado, que se encontra realmente confinado a limites muito estreitos e que todo este poder criador da mente nada mais vem a ser do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos são fornecidos pelos sentidos e pela experiência. Quando pensamos numa montanha de oiro, juntamos unicamente duas ideias consistentes, oiro e montanha, com as quais já antes estávamos familiarizados. Podemos conceber um cavalo virtuoso porque a partir do nosso próprio sentimento, podemos conceber a virtude; e esta agregamo-la à figura e à forma do cavalo, que é um animal para nós familiar. Em suma, todos os materiais do pensamento são derivados da sensibilidade externa ou interna: a mistura e composição destes pertencem apenas à mente e à vontade. Ora, para me expressar em linguagem filosófica, todas as nossas ideias, ou percepções mais fracas, são cópias das nossas impressões ou percepções mais intensas.
David Hume, Investigação sobre o entendimento humano, ed.70
Conteúdos da mente
↓
Perceções
|
Impressões
Dados da experiência
|
Experiências externas
experiências visuais, olfactivas e táteis
|
Impressões
↓
Ideias
Princípio da cópia
As ideias
resultam das impressões
A diferença entre as impressões e as
ideias é de grau e não de natureza: as ideias são cópias das impressões
sensíveis.
|
Experiências internas
sentimentos e desejos
|
|||
Ideias
Conceitos, imagens mentais (que recordamos
ou imaginamos)
São as representações ou imagens
debilitadas/ enfraquecidas das impressões.
|
Sem comentários:
Enviar um comentário