domingo, 4 de março de 2012

O princípio da ação moral





  " Duas coisas enchem o meu coração de admiração: o céu estrelado por cima de mim e a lei moral em mim" (Kant, Crítica da Razão Prática)


O Miguel reparou que o professor se esqueceu do telemóvel na secretária. Pegou nele e..

a) Guardou-o e ficou com ele
b) Devolveu-o ao professor para mostrar que era honesto e para que este lhe ficasse grato
c) Devolveu-o ao professor porque o telemóvel era dele  

Que avaliação moral podemos fazer de cada uma destas hipóteses?        

2 comentários:

  1. Estas três opções fizeram-me reflectir sobre certos aspectos:
    De acordo com Kant o Homem age segundo a intenção da sua ação. A ação pode ser conforme o dever (agir a favor da lei moral e por interesse), pelo dever (a favor da lei moral) ou contra a lei moral.

    a) O Miguel, neste caso, agiu contra a moral, contra o correto a ser feito. Não foi honesto e não lhe interessou o facto de poder estar a causar grandes problemas ao professor. Se lhe fizessem o mesmo, não gostaria e acharia uma ação desonesta, isto por ser ele o prejudicado da ação.

    b) O Miguel agiu conforme o dever. Fez o que devia (devolver o telemóvel ao professor, ser honesto) e também com um benefício próprio (o professor ficar-lhe-ia agradecido e provavelmente no futuro iria elogiar/ valorizar essa ação). Agiu corretamente.

    c)O Miguel devolveu o telemóvel por obrigação, por respeito e obediência à lei moral. Realizou a sua ação sem interesses exteriores. Também agiu corretamente, de acordo com a lei moral (lei da consciência do ser racional, que procura o fundamento de todas as regras).

    Maria Carvalho 10º A Nº 16

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  2. Avaliação das acções segundo a teoria deontológica kant:
    a) Miguel agiu contra o dever, pois roubou; tirou algo que sabia que não era dele aproveitando-se do esquecimento do professor. Isto nunca poderia ser uma acção moral também porque roubar, a máxima desta acção não se tornaria uma lei universal.
    b) Nesta situação Miguel agiu em conformidade com o dever mas a sua acção não teve fim em si mesma. Ele devolveu o telemóvel com o objectivo de ser visto como alguém honesto e para que lhe ficassem agradecidos. As consequências são as mesmas que se obtêm em c) mas é a intenção que está em causa. Esta não é uma acção moral.
    c) Miguel devolve o telemóvel porque é o que ele acha que está correcto. Não tem segundas intenções e age de uma forma que possa pensar que o princípio da sua acção se possa tornar uma lei universal. Não roubar - quando possível devolver os pertences a seus donos. Esta sim, é uma acção moralmente correcta.

    Sara Vigário nº23 10ºA

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