“[…] Ao aprendiz de filósofo (ao jovem aprendiz, pretendo eu dizer, e na minha qualidade de aprendiz mais velho), rogo que se não apresse a adoptar soluções, que não leia obras de uma só escola ou tendência, que procure conhecer as argumentações de todas, e que queira tomar como primário escopo a singela façanha de compreender os problemas: de compreendê-los bem, de os compreender a fundo, habituando-se a ver as dificuldades reais que se deparam nas coisas que se afiguram fáceis ao simplismo e à superficialidade do que se chame «senso comum (a filosofia é, em não pequena parte, a luta do bom senso contra o «senso comum)». António Sérgio
Os conselhos que o aprendiz mais velho dá ao iniciante são:
- Não ter pressa de chegar a conclusões.
- Não ler obras de uma só escola, que tenham o mesmo modo de interpretar a realidade, a mesma posição face perante um problema.
- Procurar conhecer todas as posições, interpretações e argumentações relativas a um problema.
- Procurar conhecer, querer compreender os problemas para ter consciência das dificuldades que parecem facilidades para o modo de ver do senso comum.
Joana Conceição
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