Rembrandt
O sentimento está sempre certo – porque o sentimento não tem outro referente senão ele mesmo e é sempre real, quando alguém tem consciência dele. Mas nem todas as determinações do entendimento são certas, porque têm como referente algumas coisas para além delas mesmas, a saber, os factos reais e nem sempre são conformes a esse padrão.
Entre mil e uma opiniões que pessoas diferentes podem ter a respeito do mesmo assunto, há uma e apenas uma que é justa e verdadeira e a única dificuldade é encontrá-la e confirmá-la. Pelo contrário, os mil e um sentimentos despertados pelo mesmo objecto são todos certos, porque nenhum sentimento representa o que realmente está no objeto. Ele limita-se a observar uma certa conformidade ou relação entre o objecto e os órgãos ou faculdades do espírito e, se essa conformidade realmente não existisse, o sentimento jamais poderia ter ocorrido. A beleza não é uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que a contempla e cada espírito percebe uma beleza diferente. É possível até uma pessoa encontrar deformidade onde uma outra vê apenas beleza e qualquer indivíduo deve concordar com o seu próprio sentimento, sem ter a pretensão de regular o dos outros.
Entre mil e uma opiniões que pessoas diferentes podem ter a respeito do mesmo assunto, há uma e apenas uma que é justa e verdadeira e a única dificuldade é encontrá-la e confirmá-la. Pelo contrário, os mil e um sentimentos despertados pelo mesmo objecto são todos certos, porque nenhum sentimento representa o que realmente está no objeto. Ele limita-se a observar uma certa conformidade ou relação entre o objecto e os órgãos ou faculdades do espírito e, se essa conformidade realmente não existisse, o sentimento jamais poderia ter ocorrido. A beleza não é uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que a contempla e cada espírito percebe uma beleza diferente. É possível até uma pessoa encontrar deformidade onde uma outra vê apenas beleza e qualquer indivíduo deve concordar com o seu próprio sentimento, sem ter a pretensão de regular o dos outros.
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Embora as pessoas com gosto refinado sejam raras, facilmente as distinguimos em sociedade pela solidez do seu entendimento e pela superioridade das suas faculdades relativamente ao resto da humanidade. O ascendente que adquirem faz prevalecer a viva aprovação com que acolhem quaisquer obras de génio e torna-a geralmente predominante. Entregues a si próprios, muitos homens têm apenas uma vaga e duvidosa percepção da beleza, mas ainda assim são capazes de se deleitar com qualquer obra de qualidade que se lhes aponte. Todo aquele que se converte à admiração do verdadeiro poeta ou orador é a causa de uma nova conversão. E embora os preconceitos possam prevalecer durante algum tempo, nunca se unem para rivalizar com o verdadeiro génio – acabam por ceder perante a força da natureza e o justo sentimento. Assim, embora uma nação civilizada possa enganar-se facilmente ao escolher o seu filósofo de eleição, nunca erra prolongadamente na sua afeição por um autor épico ou trágico favorito.
David Hume, Do Padrão do Gosto
Juízo estético é a expressão da apreciação dos objetos em termos de beleza
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O problema da justificação dos juízos estéticos:
De que depende a verdade destes juízos: das propriedades intrínsecas dos objetos ou do que sentimos ao observá-los?
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Subjetivismo radical – Os juízos estéticos são subjetivos, dependem do sentimento de prazer de cada sujeito.
As propriedades estéticas não existem nos objectos mas são atribuídas pelo sujeito.
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Subjetivismo (moderado) estético – Os juízos são subjectivos mas admitem critérios para a apreciação e avaliação das obras de arte
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Hume e o padrão do gosto
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Kant e a universalidade do juízo estético
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Objetivismo estético – Os juízos estéticos são verdadeiros ou falsos em função das propriedades intrínsecas dos objectos e não dos sentimentos do sujeito.
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SUBJETIVISMO MODERADO DE HUME
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Os juízos estéticos são subjetivos – a beleza e a deformidade não são qualidades dos objetos, pertencem ao sentimento
Existe desacordo e diversidade de gostos entre pessoas e culturas
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Nem todas as opiniões valem o mesmo
Existem juízos estéticos que são verdadeiros ou falsos, independentemente do gosto individual
Apesar dos desacordos, verifica-se que as pessoas, em diferentes épocas e lugares, acham umas coisas mais agradáveis que outras, o que mostra que há princípios comuns que determinam a formação do gosto
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PADRÃO DE GOSTO
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