Van Gogh
ERNEST A mais alta
crítica é então mais criativa que a criação, e o fim principal do crítico é ver
o objeto em si como na realidade não é; parece-me ser esta a tua teoria.
GILBERT Sim, é essa
a minha teoria. Para o crítico, a obra de arte é apenas uma sugestão para uma
nova obra de arte que será a sua, a qual não necessita ter nenhuma semelhança
óbvia com o objeto que critica. A característica singular de uma forma bela é
que podemos por nela o que quisermos, e ver nela o que decidirmos ver; e a
beleza, que dá à criação o seu elemento estético universal, faz, por seu turno,
do crítico um criador, e sussurra mil coisas diferentes que não estavam
presentes no espírito de quem esculpiu a estátua ou pintou o painel ou gravou a
jóia. (…)
Oscar Wilde, O Crítico Como Artista, in Intenções:
Quatro ensaios sobre estética, tradução e posfácio de António M. Feijó.
Olá, gostei muito do que li aqui. Seus textos são muito bons. E bem fundamentados. Belo trabalho.
ResponderEliminarCristina Jacó
http://www.cristinajaco.art.br