O fenómeno fundamental da auto-experiência humana é que já de antemão nos achamos no meio de uma realidade, rodeada por coisas e seres humanos, com os quais lidamos, que nos influenciam e com quem mantemos uma relação múltipla. A nossa existência está na dependência do mundo, tanto do mundo das coisas e dos objectos como também e sobretudo do mundo humano e pessoal. A nossa existência concreta está assim condicionada e determinada de múltiplas formas. Foram-lhes dadas possibilidades, ao mesmo tempo que ficou sujeita a limitações.
Isto também é válido no que diz respeito à nossa vida somático-biológica, ligada a este mundo de coisas, submetida às leis e físicas e químicas, que surgiu neste mundo fruto de um processo vital e é regida por leis biológicas e psicológicas, como toda a forma de vida que existe no mundo. Assim, a nossa vida corporal está dependente do mundo como a nossa vida vital; está dependente das coisas do mundo que nos fornecem o alimento, vestuário e habitação, que nós aprendemos, usamos e manipulamos a fim de poder viver e subsistir como homens.
Com maior razão não pode prescindir do mundo humano. O indivíduo nasce na comunidade e cresce nela de forma humana. Aprende a sua linguagem, adopta os seus costumes e participa no seu espírito e na sua cultura. Tudo isto imprime um cunho decisivo na existência humana individual.
E. Goreth, O que é o Homem?
Quais são as duas ordens de causas ou de fatores condicionantes da ação?
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